Luz de Umbanda

Comece aqui

Temas

As Sete Lágrimas de Pai Preto

As 7 Lágrimas de Pai Preto são conhecidas por quase todos umbandistas. Se “Umbanda de Todos Nós” é a bíblia da Umbanda, as 7 Lágrimas são o Pai Nosso. Numa descrição poética, quase na forma de uma oração, Matta e Silva canalizou um profundo ensinamento vindo do Astral Superior que toca nos corações de todos umbandistas, concordem eles com a doutrina do velho Matta ou não. Sua força é tão grande que ultrapassaram até mesmo a fama de seu próprio autor. Mas não se pode escrever, como consta em alguns sites, que as sete lágrimas sejam de autor desconhecido.  Quem as escreveu foi mesmo W. W. da Matta e Silva. Aqui as transcrevemos conforme constam em Umbanda – o Poder da Mediunidade, com a introdução do seu legítimo autor, conhecido também como Mestre Yapacani.

(mais…)

Umbanda – a mediunidade como pilar

A Umbanda é diferente do Candomblé, apesar de ambos cultuarem os Orixás. A diferença principal é a mediunidade. Na Umbanda, os médiuns recebem os espíritos de seres humanos que passaram pela Terra e atingiram um certo grau de evolução. São os espíritos dos nossos ancestrais, reverenciados na Umbanda porém tratados como eguns no Candomblé, não sendo permitida sua presença nos barracões ou roças que seguem realmente as tradições das nações ketu, jeje ou angola. No Candomblé, quem se manifesta nos iniciados são os Orixás, considerados como divindades ou forças divinizadas da natureza. Existem até algumas lendas que falam da passagem dos orixás pela Terra na forma humana, como Xangô quando ele foi o rei de Oyó, Obá e Oyá suas esposas etc. Mas essas estórias se referem a um tempo mítico. Já a mediunidade com espíritos dos ancestrais é o pilar do sistema religioso da Umbanda.

Algumas pessoas acreditam que as entidades que se manifestam na Umbanda são espíritos comuns de pessoas que desencarnaram mais ou menos recentemente. Para esses adeptos, o trabalho na mediunidade favorece a evolução tanto do médium quanto da entidade. No entendimento da Umbanda Esotérica, conforme as obras de W. W. da Matta e Silva, os mentores de Umbanda não são espíritos quaisquer. Na verdade são espíritos muito antigos, ancestrais da humanidade inteira que por misericórdia divina se manifestam nas formas adaptadas de Caboclos, Pretos-velhos, Crianças e Exús. Vêm com a missão de trazer as vibrações dos Orixás, os espíritos de Deus, sob o comando do Cristo Jesus. São, portanto, ordenados de cima para baixo através das hierarquias celestes e não dependem dos humanos encarnados para seguirem suas vias evolutivas.

(mais…)

Pais e mães de santo devem receber pelo seu ofício ou não?

Acredita-se que existem mais mães de santo do que pais de santo nas religiões afrobrasileiras porque como os maridos tinham que sair para o trabalho em busca do sustento do lar, era a esposa que tinha a oportunidade de cultivar as tradições de seus ancestrais, incluindo as religiosas. Na Umbanda, no Candomblé, no Catimbó e outros grupos menores temos mesmo muitas sacerdotisas. Se esse for o caso, atualmente então estamos ameaçados porque as mulheres têm que trabalhar fora também para ajudar a manter a casa. Na verdade, cerca de 20% dos lares brasileiros são mantidos pelas mulheres. Como fica o exercício do sacerdócio na Umbanda já que o pai ou a mãe de santo precisam trabalhar para sobreviver?

A Umbanda é uma religião pouco estruturada. Não existem regras bem definidas seja em termos doutrinários ou na prática do terreiro, muito menos como deve viver um chefe de terreiro. Na verdade, a falta de regras permite que inúmeras configurações sejam possíveis. Isso é bom por um lado porque cada grupo pode adequar suas práticas conforme suas necessidades. Por outro lado, fica difícil tecer generalizações que sirvam de orientação para quem está começando. De qualquer modo, precisamos pensar mais e tentar entender que estrutura favorece mais o grupo ao qual pertencemos, enxergando suas vantagens e deficiências.

(mais…)

Mediunidade Inconsciente

Muitas pessoas acreditam que o bom médium é “inconsciente”. Afinal, esse médium é completamente tomado pelo espírito que se manifesta e não pode interferir na comunicação. Além da segurança que essa idéia transmite, há também a noção de que sendo o médium inconsciente a confidencialidade das informações discutidas com a entidade incorporada está garantida. Como sabemos se um médium é inconsciente? Simples: quando ele diz que é! Será mesmo?

Já tive a oportunidade de ver vários médiuns chefes, de ambos os sexos, se dirigirem aos consulentes no início da sessão em tom de despedida, como se eles fossem sair em viagem e quando voltassem(no final da gira) talvez já não os encontrassem ali. O impressionante é que muitas pessoas acreditam nisso. Engolem aquela conversa como se fosse algo corriqueiro, como se fosse fácil deixar o corpo para um outro espírito como quem sai de casa e deixa a chave com o vizinho para ele cuidar durante as férias.

(mais…)

A coroa de luz

Existem alguns maus hábitos que precisam ser eliminados. Eles aparecem em todas as religiões e não seria diferente com a Umbanda. Na verdade temos muito o que melhorar e apesar dos problemas vale a pena continuar sendo umbandista. Todavia, para que as pessoas alcancem a espiritualidade superior é necessário abrir caminho e cortar um pouco do joio. O apelo para a vaidade dos médiuns e consulentes é um desses venenos insidiosos que podem botar a perder um grande tempo de dedicação à religião.

A frase é velha, por demais batida, usada e abusada nos centros kardecistas, igrejas pentecostais e, evidentemente, na Umbanda e demais cultos afrobrasileiros: “Você é um espírito de muita luz, tem uma missão nessa vida importante, é claro que você tem mentores muito fortes que te acompanham. O problema é que as pessoas colocam muito olho gordo em você por causa disso e por isso você está bastante carregado(a) de energias negativas.”

(mais…)

O pequeno poder

Escrever na forma de blog permite que falemos de modo informal e utilizemos exemplos do nosso cotidiano para discutir questões importantes para a vida espiritual. Eis o começo.

Anteontem assisti ao filme “O Hobbit”. Para quem viu a trilogia “Senhor dos Anéis”, trata-se do começo da estória, antes da saga de Frodo e da fraternidade do anel. Narra como Bilbo Bolseiro encontrou o anel de Mordor e o tomou de Smeagul. O filme é longo e cansativo. Na minha opinião parece apenas uma forma de arrancar mais alguns milhões de dólares dos cinéfilos fãs de Tolkien e da franquia cinematográfica.

As 3 exaustivas horas sentado teriam sido um grande desperdício não fosse por uma única cena entre Gandalf, o poderoso mago e já não lembro se o príncipe dos anões ou a senhora dos elfos. O grande Gandalf explicava porque tinha escolhido Bilbo Bolseiro para os acompanhar naquela aventura.

O velho feiticeiro pressentia que um grande mal se aproximava e ameaçava tomar conta de toda Terra Média, tendo já envolvido uma das florestas em trevas. Ele mesmo tinha medo de enfrentar esse grande mal e temia se corromper com o enorme poder que ele representava. De fato, Saruman, seu iniciador, se renderia ao poder das trevas na sequencia da estória. Antecipando essa possibilidade, ele confiava no que aparentemente seria o pequeno poder do qual o pequeno hobbit, Bilbo era detentor.

(mais…)